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Como podemos imaginar futuros na saúde, que queiramos construir?

A equipa nobox

A saúde tal como outros setores está a ter de lidar com problemas complexos que afetam a vida de todos. Falta de recursos, desigualdades económicas e sociais, aquecimento global, são apenas alguns sinais dos tempos de hoje mas com consequências imprevisíveis e, até irreversíveis no futuro. Precisamos compreender os sinais de mudança e desafiar o status quo, abrindo espaço para debate sobre novas possibilidades relativamente ao futuro que queremos e como lá chegar.

Não se trata de prever o que vai acontecer, ou ignorar os problemas que enfrentamos agora, mas sim entender os impactos do presente no futuro, imaginar alternativas e, consequentemente, tomar melhores decisões no presente.

Por exemplo explorando uma possibilidade de que daqui a 20 anos a esperança de vida das pessoas seja de 125 anos, quais as consequências desse cenário?

  • Como é que as pessoas viverão, de que se alimentam?
  • Quais os cuidados de saúde que precisam?
  • Como se locomovem?
  • Onde vivem?
  • Que tecnologia utilizam?
  • Das várias possibilidades desse futuro, o que é que gostaríamos que acontecesse?
  • Para construir esse futuro, o que é que precisamos de fazer agora, no presente?

Esta forma de olhar o futuro requer um mindset diferente: pensar o futuro longínquo e não ficar preso às soluções do passado.

Estamos habituados a planear baseados num futuro mais próximo (2 a 5 anos), porque nos dá uma maior sensação de previsibilidade e de segurança e, inevitavelmente, as discussões são influenciadas pelo presente. Desta forma, as soluções acabam por ser apenas incrementais, com pequenos saltos de inovação.

Se queremos criar disrupções reais precisamos de entrar na exploração das possibilidades, cruzando cenários prováveis e improváveis que só o futuro longínquo (10 a 20 anos) com maior nível de incerteza nos proporciona, saindo da previsão e planeamento habituais.

Elaboram-se hipóteses, várias possibilidades emergem da exploração das tendências atuais, com cruzamento de cenários e da imaginação e visão dos envolvidos. 

Não se trata de prever o futuro, mas de construir futuros.

A construção de futuros permite-nos abrir portas, sem as prisões e barreiras do presente, permitindo-nos construir uma visão desejável para um país, empresa, setor ou área, que seja suficiente mobilizadora, para que influencie a ação no presente.

A construção de futuros desejáveis é uma navegação na incerteza, onde pode ser desconfortável o excesso de liberdade, o cruzar de fronteiras e/ou o imaginar sem limites. Mas, como bem disse Arthur C. Clarke,  “a única forma de descobrir os limites do possível, é ir além deles para o impossível."

Estamos prontos para testar os nossos limites e construir futuros desejáveis?

A equipa nobox