Artigo publicado na 33ª edição da Revista "Gestão Hospitalar"
A equipa nobox
As transformações na saúde não são novidade. Já foram várias as modalidades de organização testadas, com melhores ou piores resultados. A mais recente tentativa foram os centros hospitalares, com resultados muito díspares a nível nacional, mas em que na grande maioria dos casos tudo ficou na mesma.
De facto, por mais proveitosos que possam parecer ou ser novos modelos organizacionais, a sua implementação e sucesso depende necessariamente da forma como estes são recebidos, integrados e postos em prática pelas equipas de saúde. Não faltam exemplos de fusões ou novos modelos que o são apenas no papel, vendo-se na prática o funcionamento a ser igual ou muito semelhante à estrutura anterior.
Mesmo o “novo” modelo (ULS), agora apresentado e assumido como a melhor alternativa, encontra resultados muito diferentes nas ULS já existentes.
Apesar destas várias tentativas de transformação organizacional, tem sido raro encontrar iniciativas que procurem de facto envolver os profissionais na preparação do processo de transformação de que farão parte, tornando-os inevitavelmente mais defensivos e resistentes à mudança.
Os receios são muitos e justificados, como é comum quando falamos de resistência à mudança. As dúvidas e receios vêm de preocupações válidas a que ninguém procurou ainda responder:
Assim, para que o novo modelo de ULS possa trazer os benefícios pretendidos, será crítico envolver e mobilizar todos os profissionais das instituições envolvidas para a adoção e implementação deste novo modelo, informando acerca da mudança pretendida e das suas razões, e identificando precocemente as suas preocupações e receios.
Mas como podemos iniciar e gerir de forma consciente este processo de mudança rumo a uma ULS, envolvendo os profissionais, de forma a apaziguar receios e maximizar as oportunidades?
Os modelos de gestão de mudança (desde os 8 passos de Kotter ao Modelo ADKAR) podem indicar-nos alguns dos passos do caminho a seguir:
No fundo, é fundamental gerir a mudança de forma a mobilizar líderes, equipas e indivíduos para uma nova realidade da qual queiram fazer parte e, até, ajudar a construir.
A equipa nobox